Você é daqueles que faz um check-up no carro apenas quando vai viajar? Caso tenha respondido sim, provavelmente você não esteja cuidando do seu veículo como deveria.
Quando se programa para pegar a estrada, verifica todos os itens ou apenas alguns quando dá tempo? O motorista sempre deve analisar várias coisas como o fluído de transmissão, a bateria, filtro de ar, água do radiador, luzes, pneus, dentre outros. Mas nem todo mundo faz isso.
É necessário olhar esses itens não só quando for viajar, mas é preciso também ficar atento e verificá-los com frequência no dia a dia. Conheça bem o seu carro e, caso tenha dúvidas, é sempre recomendado tirá-las no manual do veículo.
Um automóvel funciona em altas temperaturas, então no momento da combustão, essa temperatura pode ser elevada.
É por isso que o radiador é muito importante, pois ele é o responsável por refrigerar todo o sistema e também por manter o propulsor mais frio evitando superaquecimento e derretimento das peças. Por esse motivo, é essencial ficar sempre de olho.
Como funciona o sistema de arrefecimento?
Você conhece como tudo isso funciona e quais os riscos quando falta água no reservatório do radiador? Esse sistema é composto por válvula termostática, reservatório de expansão, válvula de vácuo, válvula de pressurização, fluido de arrefecimento, bomba d’água, eletroventilador e sensor de temperatura do motor.
A válvula termostática é a peça que faz a divisão entre o líquido do motor e no radiador. Ela tem a função de permitir o rápido aquecimento e a manutenção da temperatura para manter um bom funcionamento do motor, liberando o líquido quente vindo do bloco (do motor) para o radiador.
Ele atravessa o radiador e é resfriado, voltando assim para o bloco. O interruptor térmico liga a ventoinha quando o fluxo de ar que passa por ele não é suficiente.
Isso geralmente acontece quando o automóvel está ligado e o carro está parado em um trânsito lento, por exemplo.
O interruptor é acionado na hora em que os discos bi-metálicos se dilatam com o calor, provocando deslocamento de componentes no interior, ligando e desligando a ventoinha.
Já o sensor de temperatura fica localizado em diferentes partes do motor. Ele possui uma pastilha cerâmica chamada de termístor. Quando a temperatura está baixa, a resistência elétrica do termístor é alta, impossibilitando a passagem de corrente elétrica para o ponteiro do painel do automóvel.
O sensor de injeção eletrônica funciona de forma similar ao sensor de temperatura comum, com as informações sendo enviadas para o módulo de comando eletrônico.
Com essa informação, ele controla o tempo de injeção de combustível, o ponto de ignição, o sensor lambda e o ventilador do radiador.
O que acontece quando falta água?
Agora já sabemos que ele é responsável por controlar a temperatura. Sendo assim, não poderá faltar água no reservatório. Mas e quando isso ocorrer?
Com o superaquecimento por falta d’água, surgem diversos problemas, podendo danificar as juntas do motor e a bomba d’água. Além disso, existe o risco de fundir o motor e com isso será necessário retirá-lo do veículo para um serviço de retífica, explica Leandro Alves – mecânico automotivo formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI SP.
Entretanto, com a tecnologia em motores modernos, isso acaba sendo bem mais raro.
O que colocar no reservatório? Pode ser só água?
O líquido que deve ir no radiador não é 100% água, senão poderá ocorrer o enferrujamento da motorização.
Portanto, use o produto certo: o líquido de arrefecimento e aditivos, que é um composto que utiliza etilenoglicol que ajuda a manter a temperatura e limpeza dentro do motor (50% de água e 50% de aditivo).
Quando for necessário repor porque baixou, em casos de emergência, você até pode colocar a “água de torneira”, mas é essencial verificar a existência de vazamentos. Em seguida, procure um reparador para que seja feita a troca imediatamente de água pelo líquido de arrefecimento.
O que fazer quando falta água e o motor ferve?
Ao identificar o problema, é fundamental esperar o carro esfriar antes de abrir o reservatório. Desligue o veículo e aguarde cerca de 10 a 15 minutos.
Ainda assim, em hipótese alguma coloque água gelada. Algumas pessoas acham que isso pode ajudar, mas, na verdade, poderá causar um choque térmico.
Depois disso, ligue o carro para ver se a temperatura irá subir. Caso isso aconteça, poderá ser um problema mecânico.
Se ainda assim o motor estiver quente, o ambiente está pressurizado e essa água pode “espirrar”, causando queimaduras graves. Já no momento da troca, é preciso retirar todo o líquido e em seguida basta colocar o novo.
O volume total varia de veículo para veículo, sendo normalmente cerca de 4 litros ou mais.
Aditivos para radiador e manutenção periódica
Há uma série de aditivos de radiador que são oferecidos. Como nós temos uma ampla variedade no mercado, alguns fabricantes não fornecem a composição correta, por isso, utilize as marcas mais famosas que já são de confiança e não procure apenas pelo menor preço.
A troca do líquido do reservatório deve ocorrer, segundo as montadoras, a cada dois anos ou quando for detectado vazamentos.
Segundo Leandro Alves, você deve ficar atento para deixar a água sempre no nível correto, e a verificação deve ser feita periodicamente.
No caso de veículos mais antigos, o dono precisa olhar com mais frequência, geralmente de manhã, antes de sair com o carro, pois pode haver pequenos vazamentos. Já nos modelos mais novos, isso pode ser feito uma vez por semana.
O sistema também pode dar outros sinais de problemas. Se você perceber que a água está avermelhada ou marrom, isso pode ser um alerta, pois possivelmente irá gerar entupimento e posterior superaquecimento, mesmo que o nível do reservatória esteja alto.
Até mesmo a tampa deve ser trocada a cada 30 mil quilômetros.
Fonte: https://www.noticiasautomotivas.com.br/