Pandemia trouxe de volta a preocupação com a qualidade do ar dentro do carro. Filtro muitas vezes é negligenciado até mesmo pelas fabricantes
O filtro de ar da cabine está para o carro assim como as máscaras estão para as pessoas. Ou seja, funciona como uma eficiente barreira para evitar que os mais diversos tipos de impurezas cheguem à cabine e sejam inalados pelos ocupantes. Apesar da importância do equipamento, é comum encontrar quem ignore seu uso e manutenção.
Apesar de sua importância sanitária, esse filtro não figura entre os itens obrigatórios determinados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), na Resolução 14/1998. É com base nela que um número cada vez maior de fabricantes tem deixado o componente de lado nas linhas de montagem, passando a oferecê-lo como acessório.
Nem o plano de manutenção estipulado pelas fábricas costuma dar a devida atenção ao tema. Em boa parte das marcas, esse filtro fica de fora da lista de itens com troca obrigatória, diferentemente do que ocorre, por exemplo, com o filtro de ar do motor. Ou seja, há mais preocupação com o ar ?inalado? pelo motor do que com o respirado pelos ocupantes.
Para quem roda muito, sobretudo com o ar-condicionado ligado, o melhor a fazer é substituir o filtro a cada revisão. Há, basicamente, dois tipos: o anti-pólen e o com carvão ativado. O primeiro é mais simples e barato. Feito com uma mistura de fibras naturais e sintéticas, tem como principal função reter elementos particulados em suspensão na atmosfera, diminuindo a chance de desencadeamento de reações alérgicas ou doenças do trato respiratório. Em um único metro cúbico de ar o número de partículas pode variar de 10 bilhões a 80 bilhões.
O segundo tipo de filtro, mais caro, oferece a proteção extra do carvão ativado. Nesse caso, é capaz de neutralizar até odores e elementos químicos.
Fonte: https://jornaldocarro.estadao.com.br/