Medidas simples podem te ajudar a evitar que o motor superaqueça e te dê um enorme prejuízo; listamos as principais
Quando o motor do carro esquenta além do desejável, excede a temperatura ideal de funcionamento, vários problemas podem acontecer, como empenar o cabeçote e, nos casos mais extremos, ele pode até mesmo fundir! Um superprejuízo de milhares de reais! Por isso, o ideal é que o seu sistema de arrefecimento (radiador, bomba d’água, ventoinha e válvula termostática, entre outros) esteja em dia.
Para isso, o motorista pode tomar alguns cuidados muitos simples. Listamos eles aqui. Confira!
É óbvio?! Sim, é! Mas mesmo assim é negligenciado. No reservatório (o vaso de expansão), há uma marcação de nível mínimo e máximo. Ele é transparante justamente para facilitar a checagem. A quantidade de líquido de arrefecimento deve ficar entre as duas marcas. Abaixo do mínimo, pode faltar. Acima do máximo também causa problemas.
Não é normal baixar o líquido frequentemente, principalmente nos carros com o sistema selado (a maioria que está nas ruas hoje). Se você estiver completando uma vez por semana, por exemplo, pode procurar por um vazamento.
Não se usa água pura no radiador. Hoje, é necessário uma mistura que varia de acordo com o fabricante, mas, em geral formada por 50% de água pura (ou destilada ou desmineralizada) e 50% do aditivo etilenoglicol. Por isso falamos “líquido de arrefecimento”. E qual a finalidade desse aditivo? São duas: limpar o sistema de refrigeração, evitando a oxidação e os depósitos de sujeiras e, também, elevar o ponto de ebulição da água com o propósito de dificultar dela ferver, no caso de subir muito sua temperatura. Lojas de autopeças já vendem essa mistura na proporção correta.
Á água da torneira tem muitos sais minerais que, com o uso prolongado, formam depósitos no radiador e em todo o sistema, o que prejudica a circulação de água. Em algumas regiões do Brasil há também a chamada “água dura”. Só use a água de torneira em emergência até chegar à oficina. Caso contrário, utilize a água pura com etilenoglicol ou a mistura já pronta.
Essa dúvida é recorrente entre os leitores do AutoPapo: “comprei um carro usado e o dono anterior só utilizava água comum. Posso usar a mistura água/etilenoglicol?”
Deve usar o líquido de refrigeração indicado pelo fabricante. Nas primeiras vezes, ficar atento pois seu poder de limpeza pode remover sujeiras agarradas há mais tempo no circuito.
Muitas vezes, o problema do superaquecimento acontece quando a válvula termostática trava e impede a circulação da água. Muitos mecânicos desqualificados sugerem a retirada dela, alegando que ela não fará falta, pois o Brasil é um país de clima quente e é melhor o motor trabalhar mais frio!
Fuja dessa pi-ca-re-ta-gem. A válvula termostática faz com que o motor atinja a temperatura ideal de funcionamento (por volta de 90°C). Abaixo disso, o consumo e a emissão de poluentes são mais elevados. Em caso de problemas, ela deve ser substituída, não descartada.
O ideal é que o radiador e todo o sistema de arrefecimento seja limpo a cada 2 anos. Todo o líquido usado deve ser drenado e substituído pela mistura de água/etilenoglicol.
A bomba d’água é acionada pela correia auxiliar (poly-v). Por isso, a manutenção, a troca dela dentro do prazo, é essencial para que todo o sistema de arrefecimento funcione corretamente. Caso ela arrebente, não insiste em rodar com o carro. O líquido de refrigeração não irá circular e o motor irá superaquecer.
A troca deve ser feita dentro do prazo recomendado pelo fabricante.
Fonte: https://autopapo.uol.com.br/