Esse elemento pode ser tanto água quanto um fluído específico para refrigeração, como aquele utilizado pela Honda em seus sistemas de refrigeração selados, que não necessitam de troca frequente.
O líquido de arrefecimento circula dentro do motor, passando pelo bloco e cabeçote, onde acumula a temperatura elevada gerada pelas explosões da combustão da mistura ar-combustível.
Esse calor é então transportado para fora do propulsor através de conduítes metálicos e mangueiras até o radiador, que é o trocador de calor para este tipo de refrigeração.
No radiador, o líquido de arrefecimento passa por serpentinas que ficam expostas ao ar atmosférico, que assim resfria esse líquido, especialmente se acionado o ventilador, que puxa mais ar para acelerar o processo de queda de temperatura.
Assim, o fluido retorna para o motor por meio da bomba d´água, que injeta-o sob pressão no propulsor.
Dessa forma, com um líquido de arrefecimento mais frio, o motor passa a trabalhar numa faixa de temperatura menor, evitando superaquecimento.
Para evitar uma queda brusca nesses níveis, o que traria problemas ao funcionamento do motor, a válvula termostática só permite que esse fluído quente chegue ao radiador em determinada temperatura.
Tipos de líquido de arrefecimento
Água com aditivo
O líquido de arrefecimento é de grande importância para o sistema de refrigeração dos carros modernos. Na maioria dos casos, utiliza-se a água para realizar esse serviço de troca de calor.
No entanto, apenas água não é suficiente para que o rendimento desse fluido seja satisfatório.
Por isso é necessário a diluição de um aditivo em uma parte do total de água. Ele permite que o ponto de congelamento natural da água seja reduzido, evitando assim que o líquido de arrefecimento congele em 0°C, permitindo que o motor possa funcionar corretamente em temperaturas bem baixas.
Além disso, eleva o ponto de ebulição da água (100°C) para um pouco acima, dando assim ao motor uma faixa de temperatura de funcionamento mais adequada, geralmente entre 90°C e 110°C. Mas não é somente isso.
O aditivo ainda reduz a oxidação dos metais que estão em contato com a água, tendo assim a função de manter limpo o sistema de galerias e bomba.
Caso contrário, os resíduos de oxidação entupiriam esses dutos de refrigeração, provocando superaquecimento e danos ao motor.
Líquido de arrefecimento específico
Algumas marcas utilizam um líquido de arrefecimento específico para seus motores, como é o caso da Honda.
Componentes químicos mais fortes que o aditivo comum, como monoetilenoglicol, água desmineralizada (exceto a marca japonesa), aditivos anticorrosivos e corantes fazem parte de alguns desses produtos, que custam bem mais que um simples litro de aditivo comum.
Na Honda, por exemplo, adiciona-se um galão (3,78 litros) que dura dezenas de milhares de quilômetros sem necessitar de troca ou reposição.
No Fit da primeira geração, a substituição no manual do proprietário indicava 140.000 km! Com um sistema de refrigeração selado, esse líquido de arrefecimento específico mantém a eficiência na troca de calor, sendo raramente dado a superaquecer.
Com estas propriedades, o funcionamento do motor ainda necessita de alguns minutos de funcionamento e circulação desse fluido para que a temperatura adequada seja atingida.
Geralmente não há medidor de temperatura no painel, mas duas luzes de alerta. Uma azul para baixa temperatura, a qual, quando se apaga, indica plena eficiência do motor. E a vermelha, quando algo está errado, geralmente superaquecimento.
Fonte: https://www.noticiasautomotivas.com.br/